Resumo

O mercado de Avaliação de Riscos Psicossociais no Brasil se divide em três grupos: grandes empresas que buscam soluções caras e personalizadas (Mercado Premium), pequenas empresas que precisam de soluções diretas e acessíveis (Mercado Acessível), e médias empresas que procuram um meio-termo (Grupo do Meio).

Para ter sucesso, os fornecedores devem adaptar seus modelos de negócio. O atendimento aos mercados Acessível e do Meio exige soluções tecnológicas eficientes — como softwares intuitivos e automatizados para agilizar avaliações — combinadas com uma operação qualificada de psicólogos. A tecnologia é a chave para tornar o serviço economicamente viável e escalável, permitindo que a maioria das empresas cumpra a legislação e proteja seus colaboradores.

Os Três Mercados da SST e Avaliação de Riscos Psicossociais

O mercado de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) e avaliação de riscos psicossociais no Brasil se divide em três grandes segmentos, cada um com necessidades e capacidades de investimento distintas. Entender esses “três brasis” é crucial para qualquer fornecedor de soluções

O Mercado Premium é formado por cerca de 16 mil grandes empresas. Elas buscam soluções sofisticadas e personalizadas, com base em dados complexos como absenteísmo, presenteísmo, e o risco de passivos trabalhistas. Esses clientes possuem o poder aquisitivo para investir em serviços de ponta e consultorias customizadas.

Já o Mercado Acessível engloba mais de 14,5 milhões de pequenas empresas. Com orçamentos limitados, elas precisam de uma solução completa e acessível que resolva seus problemas de forma direta, sem a necessidade de uma equipe dedicada para gerir processos complexos.

Entre esses dois extremos, o Grupo do Meio é a ponte. Composto por cerca de 46 mil médias empresas, este segmento tem algum poder de compra e uma necessidade crescente por dados e organização. No entanto, eles não podem arcar com o alto custo das soluções personalizadas e de grande investimento.

O Desafio dos Fornecedores 

O sucesso nesse cenário depende de uma abordagem estratégica. Os grandes players de mercado, que oferecem soluções abrangentes—incluindo mapeamento de saúde mental, terapias online e capacitação de lideranças—têm seu público ideal no Mercado Premium. Para atender a essa demanda, eles mantêm estruturas robustas com altos custos operacionais.

Em contrapartida, os pequenos e médios fornecedores, que atuam mais próximos aos grupos “Acessível” e “do Meio”, precisam se adequar à realidade de seus clientes. Não é viável replicar o modelo de negócio de consultorias de alto valor para um público que exige soluções práticas e de baixo custo. Para prosperar, a prestação de serviços deve ser escalável e adaptada ao poder de compra desses consumidores.

As Chaves para o Sucesso no Mercado de Avaliação de Riscos Psicossociais

Para atender à demanda desses mercados, é fundamental considerar duas variáveis: a tecnologia e a operação.

Avaliações requerem ferramentas que trabalhem para os usuários pois, pela alta escala de necessidades, atividades manuais e artesanais limitam o alcance de atuação do fornecedor. Por isso a necessidade de um software que agilize as tarefas efetuando desde o envio online dos questionários e seu recebimento pelo Sistema, passando pelas análises e interpretações automáticas, e concluindo na identificação de eventuais riscos psicossociais e o fornecimento de dados para alimentar o Inventário de riscos do PGR, essa última, a essência das avaliações que existem por força da exigência legal (NR 1).

Por isso, o uso de um software de avaliação eficiente que contenha funcionalidades otimizadas. Para ser eficaz, ele deve ter uma interface simples e intuitiva, um design limpo e uma navegação que minimize o esforço do usuário. Além disso, precisa contar com recursos de automação que otimizem o tempo de realização da avaliação e facilitem a análise dos dados. A geração automática de relatórios visuais permite uma interpretação rápida e sem complicações.

Em segundo lugar, é necessário contar com uma estrutura operacional qualificada que permita aos psicólogos organizacionais prestarem serviços de mitigação de riscos. Embora a precificação de cada caso seja única, a eficiência tecnológica é o fator que garante a viabilidade do negócio para os mercados “Acessível” e “do Meio”, permitindo que as empresas cumpram as exigências da NR 1 e protejam seus colaboradores.