O Questionário de Copenhague sobre Fatores Psicossociais no Trabalho (COPSOQ) fundamenta-se na teoria geral do estresse, que postula uma forte relação entre as dimensões do trabalho e a qualidade de vida dos trabalhadores. Para abranger essa relação de forma abrangente, o COPSOQ é estruturado em duas partes principais:
• Trabalho:
o Este domínio é subdividido em três áreas cruciais:
Produção e Tarefas:
Avalia as demandas impostas aos trabalhadores pelos processos de trabalho.
Recursos do Trabalho:
Mede o nível de controle e autonomia que os trabalhadores possuem sobre suas atividades.
Relações Interpessoais e Gestão:
Analisa o apoio social e organizacional oferecido aos trabalhadores, bem como a clareza dos papéis sociais no trabalho.
o É importante notar que a estrutura desta parte do questionário incorpora elementos de dois modelos teóricos importantes:
Modelo DCS (Demanda-Controle-Apoio Social):
Desenvolvido por Johnson e Hall (1988), este modelo explora o impacto dos fatores psicossociais do ambiente de trabalho na saúde e bem-estar dos trabalhadores.
Modelo ERI (Esforço-Recompensa):
Criado por Siegrist et al. (1990), este modelo investiga a relação entre o esforço despendido no trabalho e as recompensas recebidas, e como o desequilíbrio entre esses dois fatores afeta a saúde dos trabalhadores.
• Qualidade de Vida:
o Este domínio é composto por duas áreas:
Saúde e Bem-Estar:
Avalia a saude física e mental do trabalhador.
Interface com o Trabalho:
Avalia a relação do trabalhador com o trabalho, e o impacto do trabalho na vida do trabalhador.
Estrutura Detalhada:
Cada um dos domínios mencionados acima é organizado em dimensões específicas, e cada dimensão, por sua vez, é composta por um número determinado de itens ou indicadores. Essa estrutura detalhada permite uma avaliação abrangente e precisa dos fatores psicossociais no ambiente de trabalho e seu impacto na qualidade de vida dos trabalhadores.
O COPSOQ tem evoluído significativamente desde sua primeira versão, refletindo um aprofundamento na compreensão dos fatores psicossociais e sua influência na saúde dos trabalhadores. As principais mudanças entre as versões I, II e III envolvem refinamentos nos domínios, dimensões e itens, visando maior precisão e abrangência na avaliação.