Os 5 Passos da Simplicidade nas Avaliações de Riscos Psicossociais: Conformidade com a NR 1

Postado em 22/09/2025
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5 passos da simplicidade

 

Por que avaliar riscos psicossociais?

Hoje, avaliar riscos psicossociais é uma exigência crescente na saúde e segurança do trabalho, especialmente com a atualização da NR 1, que reforça a necessidade de identificar, monitorar e gerenciar esses riscos de forma contínua.
Apesar disso, muitas empresas ainda encontram dificuldades para implantar processos eficazes, seja por falta de tempo, recursos ou expertise. É nesse cenário que soluções simples, de fácil implantação e baixo custo, ganham protagonismo.
Quando ferramentas e metodologias são acessíveis, qualquer empresa — independentemente do tamanho ou setor — consegue:
  • realizar avaliações consistentes;
  • transformar diagnósticos em ações concretas;
  • engajar todos os níveis organizacionais.
Mais do que cumprir a lei, essa abordagem gera resultados reais para o bem-estar dos colaboradores, integrando os dados ao PGR e às rotinas de SST, e criando uma cultura de prevenção sustentável ao longo do tempo.

 

Metodologias confiáveis: COPSOQ e evidências científicas

A necessidade de avaliar riscos psicossociais surgiu inicialmente na Europa, nos anos 1990/2000, a partir do reconhecimento de que fatores como pressão excessiva, condições organizacionais inadequadas, assédio e falta de suporte impactam diretamente a saúde física e mental dos trabalhadores.
Esse cenário levou à criação de legislações específicas, transformando o tema em exigência legal e não apenas em boa prática.
O desenvolvimento de metodologias estruturadas, como o COPSOQ (iniciado em 2001, na Dinamarca), trouxe instrumentos cientificamente validados para identificar riscos e orientar intervenções. Com essas ferramentas, os resultados não são apenas percepções subjetivas, mas evidências sólidas para apoiar decisões estratégicas.

 

Transformando diagnóstico em ação

Ter dados confiáveis é apenas o começo. O verdadeiro desafio está em transformar o diagnóstico em planos de ação concretos.
Isso significa atuar diretamente nas causas identificadas, por exemplo:
  • melhorar a comunicação interna;
  • ajustar processos de trabalho;
  • revisar práticas de liderança;
  • criar políticas de prevenção ao assédio.
Somente ações práticas podem gerar mudanças reais no ambiente de trabalho.
Engajamento e monitoramento contínuo
A sustentabilidade do processo depende do engajamento de todos os níveis da empresa, da alta gestão aos colaboradores. Quando todos participam, as mudanças ganham legitimidade e se consolidam culturalmente.
Além disso, o monitoramento contínuo permite acompanhar a eficácia das ações implementadas, ajustar estratégias e garantir que os riscos sejam gerenciados de forma consistente.
Integração ao sistema de SST
Integrar as avaliações ao Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e ao inventário de SST garante que a gestão de riscos psicossociais seja parte de um sistema estruturado e em conformidade legal, e não uma atividade isolada.

 

Como gerenciar: os 5 passos da simplicidade

  1. Avaliar com metodologia reconhecida: usar questionários validados, como COPSOQ, garante qualidade e comparabilidade dos dados.
  2. Transformar diagnóstico em ação: não basta identificar riscos; é preciso convertê-los em planos de ação concretos.
  3. Monitorar e acompanhar: avaliações periódicas permitem verificar evolução, medir impacto e ajustar estratégias.
  4. Engajar todos os níveis da empresa: gestores, RH, CIPA e colaboradores devem participar para que as mudanças tenham legitimidade.
  5. Integrar ao sistema de SST: incluir os dados no PGR assegura conformidade legal e visão sistêmica.

🔑 A chave dos bons resultados está na combinação de:

  • diagnóstico confiável (base científica);
  • intervenções práticas (planos de ação viáveis);
  • monitoramento contínuo (indicadores claros).

👉 O que transforma uma avaliação de riscos psicossociais em resultado real é o quanto ela gera mudanças efetivas no ambiente de trabalho, promovendo saúde, engajamento e produtividade.

 

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Médico Especialista em Otorrinolaringologia. Mentor Intelectual do software SIGOWEB, aplicação na web destinada à Gestão da SST, eSocial, GRO/PGR, Gestão do FAP e atual Diretor de Inovações.

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